A ORIGEM DO ATEÍSMO – 3ª PARTE

A Igreja aumenta a repressão contra os infiéis

Ao perceber o perigo que representavam as ideias libertinas, a Igreja Católica aumentou a lista de heresias, a partir dos anos 1570 e 1580. A “dúvida”, até então tolerada, foi considerada heresia. Ninguém mais podia duvidar das Escrituras Sagradas. A primeira vítima do novo decreto foi um certo Girolamo Bicazza, condenado à fogueira em 1570, na Itália. Ele já tinha sido julgado em 1564, mas escapou da condenação após se retratar, mas no novo julgamento, ingenuamente, frente ao tribunal da inquisição, admitiu que sentia as mesmas dúvidas religiosas de antes.

O número de execuções aumentou muito depois de 1570. Os motivos são variados, mas entre eles aparece cada vez mais o termo ateísmo, que passou a ser usado com frequência, como uma injúria imprecisa. O termo era usado contra qualquer um que pensasse diferente. Outros termos comuns usados como acusação eram o deísmo, que foi criado em 1563, pelo pastor Viret, e referia-se aos que acreditavam em Deus, mas não em Cristo; libertino, que era usado desde a Idade Média para os adeptos do livre espírito, que pregavam a liberdade de costumes, mas que no século XVI adquiriu um sentido de incrédulo; e espírito-forte, que só apareceu no latim no século XVI, referindo-se aos que não creem em nada que não podem ver ou tocar.

Os tratados escritos para refutar o ateísmo se multiplicaram nesse período e a velha preocupação em provar a existência de Deus, que tinha sido abandonada no fim da Idade Média ressurgiu com força total. O número de obras apologistas também cresceu muito nas primeiras décadas do século XVII. Os apologistas atacavam os descrentes e as superstições e usavam os resultados das viagens de exploração para defender a crença de que todos os povos, até os mais primitivos, mostravam alguma crença em um deus criador.


CHARLES DARWIN: A ORIGEM DAS ESPÉCIES (1859)

Charles Darwin, com sua Teoria da Seleção Natural, revolucionou o conhecimento humano.

AS ORIGENS DO ATEÍSMO – 2ª PARTE

A descrença e o desinteresse pelos dogmas cristãos eram grandes, não diferia muito do tempo romano. Abundam superstições, curandeirismo, crença em objetos que “pertenceram” aos santos. Na Inglaterra, por exemplo, ainda existem pessoas que cultuam o…

AS ORIGENS DO ATEÍSMO – 1ª parte

Como surgiram os mitos, as crenças e, paralelamente, a não crença? Do pré-animismo primitivo ao monoteísmo contemporâneo, como a crença moldou o caráter da humanidade, que, em nome dela, perseguiu e matou quem a questionasse.


Anúncios
Anúncios


O filósofo e matemático francês René Descartes era bastante devoto e condenava o ateísmo. Porém, pelo fato de tentar explicar a natureza por meio de figuras e movimentos, em detrimento à física aristotélica das qualidades, foi acusado por muitos de favorecer os descrentes, iniciando um pensamento hostil à religião. Para muitos, o fato de Descartes ver os animais como máquinas puras, desprovidos de almas sensitivas, dava arma aos ateus, que poderiam colocar os humanos na mesma situação. Na verdade, o perigo que Descartes representava para a fé não estava tanto em seus escritos, mas na sua independência intelectual, na busca da verdade a todo custo e na rejeição das ideias não fundamentadas na razão.

O caminho sem retorno da razão

Em 1663, todas as obras metafísicas de Descartes foram incluídas no Index e o ensino do cartesianismo foi proibido em muitas universidades. Muitos professores foram condenados por ensinarem os princípios cartesianos. Quando morreu, o devoto Descartes e um dos mais importantes e influentes nomes do Pensamento Ocidental, foi enterrado no canto do cemitério, onde ficavam as crianças sem batismo e os pestilentos. Mesmo assim, sua obra foi adotada pelos intelectuais e pela alta sociedade parisiense da época e sua influência atravessou os séculos.

Por outro lado, o filósofo holandês Baruch Spinoza (1632-1677) foi considerado um perigo potencial, por especular que Deus e o Universo eram inseparáveis, pois o universo é uma substância fora do qual nada existe. Isso era contrário aos ensinamentos cristãos e também ao cartesianismo, que repousa sobre o dualismo Deus-Universo.

Nós não desejamos as coisas porque elas nos dão prazer, mas elas nos dão prazer porque as desejamos.

Baruch Spinoza

Depois de Descartes e Spinoza, o filósofo inglês Thomas Hobbes constitui o terceiro polo da incredulidade de ordem filosófica do século XVII. Ao contrário dos outros dois, ele tinha um ponto de vista histórico, sociológico e político, afirmando que os deuses foram criados pelos antigos pelo medo da morte e do que lhes reservava o futuro.

Muitos juristas começaram a separar Deus da moral e do direito, como o jurista alemão Thomasius (1655-1728), acusado de ateísmo e proibido de legislar na Universidad de Leipzig, em 1689. Essa separação ganharia cada vez mais força nos séculos seguintes.


APROVEITE O CUPOM DE DESCONTO: MACONHARIA420

O atomismo, o maior temor dos religiosos

O que os religiosos mais temiam era o atomismo. Segundo o historiador, Pietro Redonai, o que causou a condenação de Galileu Galilei (1564-1642) não foi a questão do geocentrismo, mas sim por ter colocado o atomismo como a teoria explicativa para todos os fenômenos naturais, em seu livro “O Ensaiador”, publicado em 1623.

Os membros da Companhia de Jesus eram os que mais competiam com a ideia do atomismo, pois acusavam a teoria de tornar incompreensível a transformação do pão em vinho no corpo e sangue de Cristo, “milagre” conhecido como transubstanciação. Essa transformação só podia ser “explicada” pela física aristotélica, que apresenta a matéria como a união entre uma “substância”, ou “realidade profunda”, e “acidentes”, ou “aparências sensíveis”. Pelo milagre eucarístico, a hóstia conserva os “acidentes” do pão, mas a “substância” torna-se o corpo de cristo. Mas uma matéria composta de átomos indiferenciados tornava impossível a conceitualização do milagre.

A Igreja proíbe o ensino do atomismo, mas as proibições não dão resultado e cada vez mais intelectuais aderem a essa teoria, incluindo químicos, físicos, médicos e até alguns religiosos.


Anúncios
Anúncios

Cresce o número de descrentes por toda Europa

Roma, o centro do catolicismo, era também um grande centro da descrença. No século XVII, a cidade era considerada a maior concentração de ateus de toda a cristandade. Só era proibido atacar o Pontificado, mas muitos protegidos dos cardeais e os séquitos das diversas embaixadas estrangeiras não escondiam sua descrença.

O número de descrentes também era muito grande na Inglaterra e na Holanda, onde havia uma relativa tolerância. Na Inglaterra era famoso o grupo conhecido como “Socinidinos”, que seguiam o italiano Fausto Socino (1539-1604), que negava a Trindade e a divindade de Jesus, além de criticar o credo católico e calvinista. Outro grupo inglês famoso foi formado em torno de Nicols Hill (1570-1610), que era partidário do heliocentrismo, da pluralidade dos mundos e do atomismo.

Durante o interregno entre 1649 e 1660, no Protetorado Republicano de Oliver Cromwell, quando as instituições foram interrompidas, surgiram grupos como os “Diggers”, um movimento camponês, que pretendia criar uma sociedade igualitária cristã, organizada em pequenas comunidades autônomas, que pregavam que o céu e o inferno foram inventados para manter as massas sob controle.

O casamento civil, introduzido na Inglaterra em 1653, diminuiu ainda mais a frequência de fieis nas igrejas. Em 1721, o Parlamento Britânico rejeitou um projeto de lei sobre a blasfêmia, apresentado pelo arcebispo de Cantembury.

A única certeza é que duvido, e se duvido eu penso, e se penso logo existo

René Descartes

Diferenças cristãs e a “Possessão de Loudum”

As diferenças culturais entre os protestantes e os católicos aparecem claramente nos relatos de viajantes ingleses que visitavam a França no século XVII, onde os ingleses desprezam o catolicismo como um conjunto de superstições. Durante o caso que ficou conhecido como “Possessão de Loudum”, em que, no início da década de 1630, diversas freiras ursulinas, de um convento localizado em Loudum, na França, começaram a apresentar comportamentos estranhos e alegaram estar possuídas por demônios, diversos ingleses viajaram para o local, para verem os acontecimentos de perto.

Muitos desses viajantes deixaram relatos escritos sobre o que viram e foram unânimes em apontar tudo como charlatanismo dos padres jesuítas. O dramaturgo Thomas Killigrew (1612-1683), por exemplo, observou que, durante o interrogatório das freiras possuídas, “o padre só falava em latim e o diabo em francês”. O duque de Lauderdale propôs uma experiência: ele falaria uma frase em língua estrangeira e o diabo deveria traduzi-la. O jesuíta ficou confuso e respondeu: “esses diabos não viajaram” e o inglês caiu na gargalhada.

Entre as décadas de 1660 e 1680, a Inglaterra estava impregnada de céticos, que se manifestavam livremente e preparavam diretamente o racionalismo do Iluminismo. Até o final do século XVII, foram criados órgãos para salvar a religião na Inglaterra e as obras apologéticas cristãs se multiplicaram no país.


JORGE BEN: A TÁBUA DE ESMERALDA (1974)

Jorge Duílio Lima Meneses, conhecido como Jorge Ben e Jorge Ben Jor, é um violonista, pandeirista, guitarrista, percussionista, cantor e compositor brasileiro. Em 2008 a revista Rolling Stone Brasil o nomeou como o 5º maior artista…


Investigações científicas dos textos bíblicos.

A partir do século XVII, os textos bíblicos tornaram-se objetos de investigações dos historiadores, que se utilizaram da gramática, da filologia, da cronologia, da arqueologia, da numinástica e da paleogeografia, para demonstrar as incoerências bíblicas. Os religiosos tentam se defender, mas só fornecem mais materiais para as dúvidas. Tudo passa a ser questionado: o pecado original, o dilúvio (“como a Terra seria totalmente inundada por apenas 40 dias de chuva?”, perguntam alguns), os milagres, o gênesis.

Os religiosos datavam a criação da Terra em 4004 a.C., mas muitos textos antigos contradiziam isso, como a lista de dinastias egípcia, redigida por Maneto, sacerdote de Heliópolis, no século III a.c, que mostrava uma época muito anterior ao dilúvio. Os estudiosos enfileiravam listas de dinastias, assírias, babilônicas, sumérias e chinesas, que desmentem as datas cristãs.

Em 1668, o livro “Terremotos e Erupções Subterrâneas”, escrito pelo inglês Robert Hooke (1635-1703), chama a atenção para os fósseis e ele propõe a uma teoria de desaparecimento das espécies, o que contrariava todas as ideias deterministas e criacionistas.


Newton e a Igreja

Isaac Newton (1643-1727) balançou as estruturas intelectuais com a triunfante Teoria da Atração Universal e suas Leis da Gravidade. Newton era extremamente religioso, mas era atomista, não um atomista geométrico, mas um atomista dinâmico, segundo o qual as partículas também são movidas pela atração, além disso ele não acreditava na Trindade e sua obra sobre a cronologia dos reinos antigos contrariavam as datas fornecidas pela Bíblia.

A teoria da atração universal seduz imediatamente o mundo dos eruditos, porém sua integração na visão religiosa do mundo se revela bem difícil. O perigo mais nítido para as ideias cristãs consiste em ver nessa atração uma propriedade da matéria, o que elimina a necessidade do primeiro motor e transforma o Universo numa “máquina” autossuficiente.

O filósofo alemão Leibniz o acusou de ser panteísta e o associou à ideia de um complô ateu para destruir a cultura cristã. Do lado católico, as opiniões sobre ele também se dividiam. O Papa Bento XIV era um grande admirador de Newton, mas os jesuítas do “Dicionário de Trevoux” zombavam ainda das leis da atração na edição de 1721.

Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes.

Isaac Newton

Visões diversas sobre os ateus

Ainda havia uma grande confusão entre a crença e a descrença. O termo ”ateu” ainda é usado de forma muito imprecisa. O filósofo francês Pierre Bayle (1647-1706), que se dizia cristão, mas rejeitava a imaterialidade da alma, o livre-arbítrio, a imortalidade e a providência, em nome das ideias claras e racionais, definia o ateu como aquele que reconhece a intervenção de Deus e rejeita a providência, ainda que admita a providência divina, ou seja, ele equivalia o ateísmo e o deísmo. Para ele, os ateus eram pessoas ponderadas, sérias e discretas, que escondiam sua descrença. Além do mais, os ateus não eram necessariamente amorais, enquanto um grande número de cristãos o era, segundo ele. Não havia motivos, portanto, para que se proibisse o ateísmo, contanto que os seus praticantes respeitassem as leis do Estado.

Já o filósofo inglês John Locke (1632-1704) não era tão tolerante com relação ao lugar dos ateus na sociedade. Para ele, todos os cultos eram toleráveis, com exceção do catolicismo, mas o ateísmo devia ser proibido, pois ameaçava a ordem social: “Como acreditar no juramento de um ateu, se ele não acredita em um juramento divino?”. Para Locke, a fé era necessária, mas devia ser fundamentada na razão. Por isso, ele buscava fornecer uma prova racional da existência de Deus a partir das experiências dos sentidos, mas seu método, que repousava sobre o testemunho dos sentidos e recusava ideias inatas, provocava suspeitas nos teólogos. No entanto, Locke estava sinceramente preocupado com o argumento do ateísmo, como mostram suas últimas obras, dirigidas contra os argumentos dos ateus sobre a natureza da matéria e a origem do mundo.


APROVEITE O CUPOM DE DESCONTO: MACONHARIA420

A descrença na Inglaterra de 1700

A Inglaterra no século XVIII estava na vanguarda do ateísmo e do deísmo. Muitos fatores contribuíram para isso, como o movimento das ideias oriundas do ceticismo da Restauração, que gozava de relativa liberdade de expressão e foi estimulado pelas lutas políticas contra o absolutismo católico do rei Jaime I. Além disso, a defesa das liberdades fundamentais e individuais foi fortalecida pelo habeas corpus, criado na Inglaterra em 1679, e pela Declaração dos Direitos de 1689. A Inglaterra também era palco de um radical questionamento do cristianismo e das religiões em geral. O iluminismo se inicia nesse século e um de seus componentes essenciais é o ceticismo religioso.

A alta nobreza da corte foi especialmente atingida por esse ceticismo. Alguns casos extremos são conhecidos, como o de John Wilmot (1647-1680), segundo conde de Rochester, amigo do rei Carlos II, que era um ateu cínico e depravado, autor de poesias satíricas e obscenas, um homem sem nenhuma ilusão, que acreditava que “a vida não passa de uma gigantesca farsa e o melhor é aproveitar o máximo possível, sem se deixar estorvar por ilusões morais e religiosas.” Quando ele morreu, foi muito divulgado, pela Igreja Anglicana, que ele teria abdicado do ateísmo e aceitado os sacramentos.


Anúncios
Anúncios

Na classe média a descrença é mais discreta, mas nas classes populares ela atinge proporções que preocupam a Igreja. Aumentam os casos de blasfêmia e prostituição, proporcionalmente à diminuição da frequência nos cultos e às adesões aos sacramentos. O bispo de Londres conclama à vigilância em 1699. Muitas publicações aumentam os debates sobre a descrença: a biografia de Vanini, as obras de Hobbes e Spinoza, e obras que defendem ou criticam os aspectos da fé. Os livros de viagens apresentam a diversidade cultural do mundo e a moda dos espíritos satíricos, que tudo ridicularizam, aumentam a força da descrença.

A reputação dos cafés é péssima desde a Idade Média, e as tabernas rivalizam com as igrejas em popularidade. No fim do século XVII, as tabernas se tornam centros de uma contracultura que propaga a descrença. Em Londres, perto da Bolsa, uma rua é apelidada de Alameda dos Ateus (“Atheist Lane”), onde se localiza a taberna King’s Hend, um dos locais mais frequentados pelos espíritos fortes, céticos e ateus. Em Oxford, diversos cafés cumprem essa mesma função. Reunir cabeças pensantes, dispostas a questionar a sociedade em que nasceram. Todas essas agitações prenunciavam embates ainda maiores entre religiosos e descrentes no decorrer do século XVIII.


Se inscreva


Conheça o POTCAST

#21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças Potcast

Fala pessoal! Tá no ar o POTCAST 21! O papo da vez foi com o candidato à Deputado Federal pelo PSOL em Santa Catarina, VINI LANÇAS (@vi.boemia) A principal bandeira do Vini é a legalização da maconha dentro de um modelo de reparação social histórica para com as populações que foram, de forma pragmática, vítimas da violência gerada pelas políticas proibicionistas e da guerra às drogas. Foi uma conversa muito legal sobre suas ideias de legalização.  Para quem serve a legalização? É urgente que, em um modelo de legalização, as populações oprimidas tomem a frente em um mercado que tem potência para reparar os danos causados pela violência proibicionista. Foi isso e muito mais na conversa! Então, já sabe!  Aperta a charonga, pega a garrafa geladinha de água e ouve esse POTCAST!  Valeu pessoal! #eleições2022 #eleições #maconha #cannabis #legalização — Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podcast-potcast/support
  1. #21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças
  2. #20 | Legalização e as eleições com Sodré
  3. #19 | HC preventivo e legalização com o Doutor Murilo Nicolau
  4. #18 | Cannabis medicinal com Kaeliny Costa
  5. #17 | Cultivo e legalização com Cláudio Sensi

THE WHO: CINCO DISCOS PARA CONHECER A BANDA

Uma das melhores e mais importantes bandas da história do rock, o The Who foi fundado em 1964, em Londres, e continua na ativa, apresentando um dos melhores shows até hoje, como ficou comprovado no Rock in Rio de 2017. O grupo foi fundado pelo guitarrista Pete Townshend, o vocalista Roger Daltrey, ambos ainda ativos, o baixista John Entwistle, para muitos o maior baixista de todos os tempos, o primeiro a rivalizar com as guitarras, morto em 2002, e o insano baterista Keith Moon, morto em 1978, por uma overdose “acidental” de remédios e muito álcool, o grupo influenciou o rock pesado e o rock progressivo, e flertou com diversos estilos musicais, do folk ao psicodélico, do blues ao jazz. Suas performances ao vivo tornaram-se históricas e fizeram a fama da banda. Começaram como uma típica banda britânica da década de 1960, seguindo os passos dos Beatles e dos Rolling Stones, depois criaram discos cada vez mais complexos, frutos dos egocentrismos de seus integrantes. Os cinco discos apresentados aqui estão entre os mais representativos da sua extensa discografia.


APROVEITE O CUPOM DE DESCONTO: MACONHARIA420

1 – My Generation (1965)

O disco de estreia do The Who, chegou a ser, posteriormente, rejeitado pelos integrantes da banda, como um trabalho feito às pressas, mas desde o início a crítica especializada o considerou um dos mais importantes da década de 1960. O disco alcançou o quinto lugar nas paradas britânicas. Entre os destaques do disco devem ser citados “La-La-La-Lies”, “My Generation”, um dos grandes clássicos do rock, “The Kids are Alright”, outro grande clássico, “A Legal Matter”, além de duas covers de James Brown, “I Don’t Mind” e “Please, Please, Please”, e uma de Bo Diddley, “I’m a Man”.

Escute o disco aqui


Sem querer, ajudei a inventar e refinar um tipo de música que faz com que seus maiores divulgadores fiquem surdos.

Pete Townshend

2 – The Who Sell Out (1967)

Um álbum conceitual, feito para parecer a transmissão de um programa de rádio, com comerciais falsos intercalando as músicas. Faz parte da fase psicodélica do grupo. O disco não fez o sucesso esperado pela banda (13º lugar na Grã Bretanha, 48º nos Estados Unidos), mas depois tornou-se um dos favoritos dos fãs. Destaques para as músicas “Armenia City in the Sky”, “Mary Anne With the Shaky Hand”, “Odorono”, “Tatoo” e “I Can See For Miles”, outro grande clássico do rock.

Escute o disco aqui


Anúncios
Anúncios


3 – Tommy (1969)

A famosa ópera rock do The Who, quase toda composta por Pete Townshend. É a biografia fictícia de Tommy Walker, que fica cego, surdo e mudo depois de um trauma, e se torna um mestre do pinball e, depois, vira uma espécie de messias. Apesar de ser duplo, o disco fez um grande sucesso, alcançando o primeiro lugar nas paradas britânicas e o quarto lugar nos Estados Unidos. Em 1975, um filme homônimo foi feito, pelo cineasta Ken Russell, baseado nesse disco. É um disco rico em detalhes musicais, para ser ouvido inteiro, mas algumas canções funcionam isoladamente e tornaram-se clássicos do grupo, como a instrumental “Overture”, que abre o disco, e as clássicas “The Acid Queen”, “Pinball Wizard”, “I’m Free” e “See me, Feel Me”.

Escute o disco aqui


Veja algumas fotos da banda


Anúncios
Anúncios


4 – Who’s Next (1971)

Quinto álbum da banda e para muitos o melhor. O disco foi muito elogiado pela qualidade da produção e pela complexidade alcançada pelos músicos. Townshend abusa dos sintetizadores, explorando novos sons. Um grande sucesso comercial, repetiu o sucesso do disco anterior, “Tommy”, novamente alcançando o topo da parada britânica e o quarto lugar nos Estados Unidos. A obra traz algumas das melhores músicas da banda, como “Baba O’Riley”, “My Wife”, “The Song is Over”, “Behind Blue Eyes”, uma das mais belas composições do grupo, e “Won’t Get Fooled Again”.

Escute o disco aqui


APROVEITE O CUPOM DE DESCONTO: MACONHARIA420

5 – Quadrophenia (1973)

Sexto álbum do The Who e a segunda ópera rock do grupo. Conta a estória de Jimmy e suas quatro personalidades, cada uma associada a um integrante do The Who, apresentadas nos quatro lados do disco duplo. Foi outro grande sucesso do grupo, alcançando o segundo lugar na Grã Bretanha e nos Estados Unidos. Um filme homônimo baseado no disco foi feito, em 1979, por Franc Roddan. Todas as músicas foram compostas por Pete Townshend e foram feitas para serem ouvidas na sequência apresentada no disco. Entre os destaques podem ser citados: “The Real Me”, “The Punk and the Godfather”, “I’m One”, “5:15”, “Sea and Sand”, “Bell Boy” e “Love, Reign o’er Me”.

Escute o disco aqui


Eu não acho que o Who poderia ter deixado de fazer sucesso. Nós não conhecemos fracasso nesta banda. Nós não conhecemos fracasso.

Roger Daltrey

Conheça o POTCAST – O Podcast da MACONHARIA420

#21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças Potcast

Fala pessoal! Tá no ar o POTCAST 21! O papo da vez foi com o candidato à Deputado Federal pelo PSOL em Santa Catarina, VINI LANÇAS (@vi.boemia) A principal bandeira do Vini é a legalização da maconha dentro de um modelo de reparação social histórica para com as populações que foram, de forma pragmática, vítimas da violência gerada pelas políticas proibicionistas e da guerra às drogas. Foi uma conversa muito legal sobre suas ideias de legalização.  Para quem serve a legalização? É urgente que, em um modelo de legalização, as populações oprimidas tomem a frente em um mercado que tem potência para reparar os danos causados pela violência proibicionista. Foi isso e muito mais na conversa! Então, já sabe!  Aperta a charonga, pega a garrafa geladinha de água e ouve esse POTCAST!  Valeu pessoal! #eleições2022 #eleições #maconha #cannabis #legalização — Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podcast-potcast/support
  1. #21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças
  2. #20 | Legalização e as eleições com Sodré
  3. #19 | HC preventivo e legalização com o Doutor Murilo Nicolau

Se inscreva!


ALDOUS HUXLEY: AS PORTAS DA PERCEPÇÃO (1954) E CÉU E INFERNO (1956)

Aldous Huxley nasceu em Godalming, na Inglaterra, no dia 26 de julho de 1894, era neto do famoso biólogo Thomas Henry Huxley, grande defensor da “Teoria da Evolução” de Darwin, e sobrinho do romancista Humphrey Huxley. Graduou-se em literatura inglesa em Oxford e tornou-se um escritor de fama mundial após a publicação “Admirável Mundo Novo” (“Brave New World”) em 1932, onde apresentava uma sociedade distópica. Ele escreveu mais de sessenta obras, entre romances, poesias, contos, ensaios, guias de viagens e livros de não-ficção. O primeiro foi “Limbo”, um livro de contos, lançado em 1920, e o último “The Human Situation: Lectures at Santa Barbara, 1959”, lançado postumamente, em 1978. Huxley é reconhecido como um dos grandes intelectuais do século XX, além de grande humanista e pacifista.


APROVEITE O CUPOM DE DESCONTO: MACONHARIA420

Huxley tinha grande interesse por assuntos espirituais, praticava meditação desde 1936, além de outras terapias alternativas, como a “Técnica de Alexander”, criada pelo professor australiano Frederick Matthias Alexander (1869-1955), que consistia em uma reeducação nos padrões de movimento e postura corporal. No final da década de 1930, ele se interessou pela Vedanta, uma das seis escolas de filosofia indiana. Todos esses interesses deram origem ao livro “Perennial Philosophy”, lançado em 1945, onde acredita estabelecer uma filosofia comum a todas as religiões.

As duas obras tratadas aqui geralmente são publicadas juntas, pois são, de certa forma, complementares. São frutos do aprofundamento de Huxley nos seus estudos sobre espiritualidade, a partir do suas experiências com a mescalina, substância psicoativa encontrada na flor do cacto peiote, endêmico do México. Ele ouviu falar pela primeira vez sobre o peiote ao chegar nos Estados Unidos, país que passou a habitar em 1936. Primeiro ele conheceu a Igreja Nativa Americana, onde o peiote é um elemento central do culto, depois, em 1952, ele leu o artigo do psiquiatra britânico, residente no Canadá, Humphry Osmond, que testou a mescalina (sintetizada em 1919), com resultados interessantes, no tratamento da esquizofrenia.

O homem que pretende ser sempre coerente no seu pensamento e nas suas decisões morais ou é uma múmia ambulante ou, se não conseguiu sufocar toda a sua vitalidade, um mono maníaco fanático.

Aldous Huxley

Veja algumas fotos


STEPHEN KING: CINCO LIVROS PARA COMEÇAR A CONHECER o autor

Stephen King é considerado um dos mestres do terror literário, conhecido como o “Rei do Terror”, apesar de ter escrito obras de outros gêneros. Nascido no dia 21 de setembro de 1947, na cidade de Portland, no estado do Maine, ele já escreveu cinquenta e nove romances, sendo seis com o pseudônimo de Richard Bachman,…

FRITJOF CAPRA – A TEIA DA VIDA (1996)

Nascido em Viena, no dia 1º de fevereiro de 1939, formado em Física Teórica em sua cidade natal, em 1966, atualmente Fritjof Capra dirige o “Center For Ecoliteracy”, do qual foi fundador, em Berkeley, na Califórnia, que apoia e promove a educação que visa uma vida mais sustentável. Sua fama mundial começou com a publicação…


Anúncios
Anúncios

Logo depois de ler o artigo, Huxley escreveu para Osmond, se oferecendo como cobaia para os seus experimentos e explicando que seu interesse estava no fato dele acreditar que o cérebro restringia a consciência e ele esperava que a mescalina o ajudasse a alcançar um grau de consciência maior, quebrando as barreiras do ego e o aproximando de uma iluminação espiritual. No dia 2 de maio de 1953, Osmond visitou a casa de Huxley, em West Hollywood.

Na ocasião, o psiquiatra administrou a mescalina a Huxley, na presença da esposa do escritor, Maria. A experiência durou oito horas. Com Huxley sobre o efeito da substância, eles andaram pela redondeza, passearam no jardim da casa do autor, ouviram músicas e foram até uma colina de onde se podia ver a cidade do alto. No dia seguinte, Huxley e sua esposa viajaram de carro por três semanas, visitando parques nacionais do noroeste dos Estados Unidos.

Ao retornar a Los Angeles, Aldous Huxley começou a escrever “As Portas da Percepção”, cujo título foi tirado de um poema de William Blake, “The Marriage of Heaven and Hell”:

“Se as portas da percepção fossem purificadas, tudo pareceria ao homem como é: infinito. Pois o homem se fechou até ver todas as coisas através das estreitas fendas de sua caverna”

William Blake

O livro começa apresentando o estudo que Huxley fez sobre a mescalina, citando as pesquisas que leu. Logo depois, começa a descrever a sua experiência com a substância e as horas em que ficou sob o seu efeito. Relata que tomou 4/10 de uma grama às onze horas da manhã e que os primeiros efeitos foram visões de luzes e formas pouco precisas. Na sequência ele fala de como um vaso se tornou uma “visão milagrosa”, que o fez entender diversos conceitos das filosofias orientais, como o Satchitananda indu e o zen budismo, além do conceito do “eu” e do “não-eu”. Ele mostra que a sua habilidade de pensar não foi reduzida sob o efeito da mescalina e que as impressões visuais se intensificaram.

Outra experiência relatada por ele é sobre um livro de arte que folheou e como as obras de pintores como Botticelli, Cézanne e Vermeer lhe pareceram sob o efeito da mescalina. O mesmo relato acontece com as músicas “Concerto de Piano nº 24” de Mozart, os madrigais de Gesualdo e a “Suíte Lírica” de Alban Berg. O momento mais intenso da experiência aconteceu nos jardins de sua casa, onde ele diz ter quase se entregado à loucura e teve medo de não conseguir deixá-la. Ele associou essa experiência assustadora à origem da literatura espiritual, como o “Livro Tibetano dos Mortos”. O livro é concluído com reflexões sobre sua experiência.

Assista a entrevista com Aldous Huxley

Entrevista (1958) com Aldous Huxley sobre riscos à liberdade americana e seu livro: Admirável Mundo Novo.

Anúncios
Anúncios

“Céu e Inferno” é um ensaio filosófico lançado em 1956. O texto de 126 páginas discute a relação entre objetos brilhantes e coloridos, desenhos geométricos, psicoativos, arte e experiência profunda. O título, também foi tirado do poema de William Blake citado acima, refere-se metaforicamente a duas experiências místicas contrárias possíveis, quando se abrem as portas da percepção.

Ele descreve “estados mentais”, que ele chama de “antípodas”, que podem ser alcançados por diversos meios, como meditação, jejum, falta de vitaminas, privação de sono, autoflagelação e, principalmente, com a ingestão de substâncias químicas, como o LSD e a mescalina. Esses antípodas não ficam à disposição por serem biologicamente inúteis, por isso são bloqueados, mas seriam espiritualmente significativos, pois seria dessas “regiões” singulares da mente que teriam surgido todas as religiões.

Por exemplo, os cristãos medievais, com frequência, tinham “visões” do céu e do inferno durante o inverno, quando suas dietas eram severamente prejudicadas pela falta de nutrientes (como a vitamina B), originando alucinações. Os dois livros são, de cerca forma, complementares, aprofundando a questão da relação do misticismo com as diversas formas de acessar estados mentais que geralmente não estão disponíveis.

Aldous Huxley teve diversas experiências com a mescalina até sua morte, mas recusava falar do assunto fora de reuniões científicas. A mais intensa dessas experiências aconteceu em outubro de 1955, que, segundo ele, fez com que as experiências anteriores, incluindo a que originou “As Portas da Percepção”, fossem apenas “tentações de escapar da realidade central para o falso, ou pelo menos nirvanas parciais e imperfeitos de beleza e mero conhecimento”.

Nos seus últimos dias de vida (ele faleceu em 22 de novembro de 1963), sem conseguir mais falar e sentindo o fim próximo, ele escreveu um bilhete para sua esposa, pedindo que ela lhe injetasse 100 microgramas de LSD intramuscular. Ela o fez e repetiu a dose algumas horas depois. Aldous Huxley morreu naquele mesmo dia, por coincidência, no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos John Kennedy foi assassinado e no mesmo dia que o escritor irlandês C.S. Lewis, autor das “Crônicas de Nárnia” também morreu.

O silencioso nunca depõe contra si próprio.

Aldous Huxley

WILLIAM SHAKESPEARE: CINCO LIVROS PARA CONHECER O ESCRITOR.

Restam poucos dados sobre sua vida privada, mas sobram especulações sobre sua identidade e autoria de sua obra. Uma teoria diz que Francis Bacon seria autor de parte de sua obra, ou toda ela, ou que ele, na verdade, era a Rainha Isabel disfarçada, ou que William Shakespeare seria o pseudônimo do poeta e dramaturgo…

GEORGE ORWELL: 1984 – LIVRO COMENTADO

O romance “1984” se passa na Pista de Pouso Número 1, uma província do Superestado da Oceania, que engloba as atuais Grã Bretanha, todo o continente americano, de norte a sul, a África subsaariana e a Antártida (os outros dois supercontinentes são a Eurásia e a Lestásia). Nesse mundo distópico, os supercontinentes estão em guerra…


Conheça o POTCAST – O Podcast da MACONHARIA420

#21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças Potcast

Fala pessoal! Tá no ar o POTCAST 21! O papo da vez foi com o candidato à Deputado Federal pelo PSOL em Santa Catarina, VINI LANÇAS (@vi.boemia) A principal bandeira do Vini é a legalização da maconha dentro de um modelo de reparação social histórica para com as populações que foram, de forma pragmática, vítimas da violência gerada pelas políticas proibicionistas e da guerra às drogas. Foi uma conversa muito legal sobre suas ideias de legalização.  Para quem serve a legalização? É urgente que, em um modelo de legalização, as populações oprimidas tomem a frente em um mercado que tem potência para reparar os danos causados pela violência proibicionista. Foi isso e muito mais na conversa! Então, já sabe!  Aperta a charonga, pega a garrafa geladinha de água e ouve esse POTCAST!  Valeu pessoal! #eleições2022 #eleições #maconha #cannabis #legalização — Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podcast-potcast/support
  1. #21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças
  2. #20 | Legalização e as eleições com Sodré
  3. #19 | HC preventivo e legalização com o Doutor Murilo Nicolau

Se inscreva


JORGE BEN: A TÁBUA DE ESMERALDA (1974)

Um dos mais importantes e influentes músicos da MPB, Jorge Ben Jor (o Jor foi acrescentado em 1989, por influência da numerologia), nasceu no Rio de Janeiro no dia 22 de março de 1945. Ele foi sempre um inovador da música brasileira, desde o seu primeiro disco, “Samba Esquema Novo”, lançado em 1963, acrescentando em cada disco novos elementos musicais ao seu som, como o samba, a bossa nova, o jazz, o rock, o funk, o pop, o ska, o maracatu, ritmos árabes e africanos, criando uma obra inigualável por seu ecletismo e originalidade.


APROVEITE O CUPOM DE DESCONTO: MACONHARIA420

“A Tábua de Esmeralda” foi o seu décimo-primeiro disco e tornou-se seu álbum mais elogiado pela crítica especializada e pelos seus fãs. O disco faz parte da fase de sua carreira conhecida como “alquimia musical”. Foi lançado pela gravadora Phillips, com produção de Paulinho Tapajós e arranjos de Osmar Milito, Darcy de Paulo e Hugo Bellard. É basicamente um disco de samba-rock, um estilo muito popular nos anos de 1970, reunindo elementos do pop e do rock, com uma levada influenciada pelo samba, surgido na década de 1950 no Brasil.

Esse disco de Jorge Ben é sempre citado entre os melhores da música brasileira, escolhido como o sexto melhor disco brasileiro pela revista Rolling Stones Brasil, por exemplo. Foi feito em uma época em que o misticismo, as religiões alternativas e as pseudociências faziam muito sucesso entre a classe musical brasileira, dando origem a obras importantes, como “Gita” de Raul Seixas e os dois “Racionais” de Tim Maia. “A Tábua de Esmeralda” fala de alquimia, teosofia, textos ocultistas, misticismo e hermética, trazendo citações de Paracelso, Tomás de Aquino e os textos que compõem as “Herméticas”, uma série de textos de sabedoria egípcia-grega, supostamente escritos entre os séculos I e III d.C.


Anúncios
Anúncios

Escute o disco aqui


BELCHIOR: ALUCINAÇÃO (1976)

Antônio Carlos Belchior nasceu em Sobral, no Ceará, no dia 26 de outubro de 1946, e faleceu em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, em 2017. Ele estudou piano na infância e, em 1962, mudou-se para Fortaleza, onde estudou Filosofia e, depois, Medicina, curso que abandonou em 1971, para se dedicar à…

CHICO BUARQUE: DISCOS FUNDAMENTAIS – CONSTRUÇÃO (1972)

“Construção” foi seu sétimo disco, contando seus dois discos italianos. Lançado pelo selo Philips (desde 1999 faz parte do catálogo da Universal Music) e produzido por Roberto Menescal, o disco foi um grande sucesso e chegou a vender 10 mil cópias por dia, o que obrigou a Philips a contratar duas outras gravados para prensar…

NOVOS BAIANOS – ACABOU CHORARE [ 1972 ]

Segundo disco do grupo Novos Baianos, depois de “É Ferro na Boneca”, de 1970, “Acabou Chorare” tornou-se uma das mais influentes obras da música popular brasileira, ao misturar o rock com o samba antigo e o choro; Jimmy Hendrix com Assis Valente, Ary Barroso e Jackson do Pandeiro. A obra foi escolhida o melhor disco…


O disco também explora o lado afro-brasileiro de Ben Jor, incluindo o seu lado mais romântico. A capa do disco, criada por Aldo Luiz, empresta um desenho do famoso alquimista francês do século XIV Nicholas Flamel. O disco abre com a emblemática “Os Alquimistas estão Chegando”, que alcançou grande sucesso quando lançada em compacto. A música é uma ótima introdução, mostrando os rumos que o disco iria seguir a partir dali. Segue “O Homem da Gravata Florida (A Gravata Florida de Paracelso)”, uma homenagem ao alquimista suíço Paracelso, com uma de suas letras mais loucas, enigmáticas e maravilhosas.

Se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem.

Jorge Ben

“Errare Humanum Est” fala de deuses e astronautas, outro clássico do compositor, uma música cheia de efeitos sonoros. “Menina Mulher da Pele Preta” segue um tema mais “normal”, uma típica música de Jorge Ben sobre a beleza e a malícia feminina. “Eu Vou Torcer” segue o objetivo do artista em transmitir paz de espírito aos seus ouvintes. “Magnólia”, outro clássico do artista, é outra música de amor a lá Jorge Ben, com muito misticismo. Já “Minha Teimosia, Uma Arma para te Conquistar”, que fechava o lado A do LP, tem uma letra mais cotidiana.


Veja algumas fotos de Jorge Ben


A belíssima “Zumbi” é uma homenagem a Zumbi dos Palmares e foi regravada por ele, de forma bem diferente, dois anos depois, no disco “África Brasil”. “Brother” tem uma pegada soul e é cantada em inglês, falando de Jesus Cristo, e “O Namorado da Viúva” leva o som para o samba, com cuíca e tamborim, com uma letra aparentemente cotidiana, mas que é uma referência ao alquimista Nicolas Flamel, que era casado com uma viúva. Em “Hermes Trismegisto e sua Celeste Tábua de Esmeralda” Jorge Ben canta o texto completo do “Tratado Hermético”, supostamente antigo, traduzido pelo esotérico francês Fulcanelli no século XX. Essa música também foi regravada no disco “África Brasil”. O disco fecha com “Cinco Minutos”, mais uma música cotidiana sobre o amor.

O fato de o disco ter sido gravado ao vivo, com todos os músicos juntos no estúdio, cria um clima incrível, dando a impressão que os músicos estão tocando ao nosso lado. O violão de Jorge Ben é sempre um destaque e os músicos que o acompanham são de primeira ordem, mas infelizmente não foram citados na ficha técnica do disco. Uma obra essencial para se entender os rumos que a MPB tomaria a partir da década de 1970.


Eu estou vestido e armado com as roupas e as armas de São Jorge, para que os meus inimigos tenham pés e não me alcancem, tenham mãos e não me toquem, tenham olhos e não me vejam, e nem mesmo em pensamento eles possam me fazer mal.

Jorge Ben

Conheça o POTCAST – O Podcast da MACONHARIA420

#21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças Potcast

Fala pessoal! Tá no ar o POTCAST 21! O papo da vez foi com o candidato à Deputado Federal pelo PSOL em Santa Catarina, VINI LANÇAS (@vi.boemia) A principal bandeira do Vini é a legalização da maconha dentro de um modelo de reparação social histórica para com as populações que foram, de forma pragmática, vítimas da violência gerada pelas políticas proibicionistas e da guerra às drogas. Foi uma conversa muito legal sobre suas ideias de legalização.  Para quem serve a legalização? É urgente que, em um modelo de legalização, as populações oprimidas tomem a frente em um mercado que tem potência para reparar os danos causados pela violência proibicionista. Foi isso e muito mais na conversa! Então, já sabe!  Aperta a charonga, pega a garrafa geladinha de água e ouve esse POTCAST!  Valeu pessoal! #eleições2022 #eleições #maconha #cannabis #legalização — Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podcast-potcast/support
  1. #21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças
  2. #20 | Legalização e as eleições com Sodré
  3. #19 | HC preventivo e legalização com o Doutor Murilo Nicolau

Se inscreva abaixo


CHARLES DARWIN: A ORIGEM DAS ESPÉCIES (1859)

Um marco das ciências biológicas e uma das obras mais importantes de todas as ciências, “A Origem das Espécies”, escrita pelo inglês Charles Darwin (1809-1882) e lançada no dia 24 de novembro de 1859. A obra apresenta a Teoria da Seleção Natural, mostrando que a diversidade biológica resulta de um processo de descendência com modificações, que os organismos se adaptam gradualmente através da seleção natural e que as espécies se ramificam sucessivamente a partir de formas ancestrais. Em uma pesquisa, feita em 2017 no Reino Unido, foi eleito o livro acadêmico mais influente já escrito.


APROVEITE O CUPOM DE DESCONTO: MACONHARIA420

O livro foi lançado originalmente com o longo título “Da Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida”, que foi abreviado apenas na sexta edição, lançada em 1872. A primeira edição, de 1250 exemplares, esgotou no mesmo dia do lançamento, e, hoje, um exemplar dessa edição vale mais de cinquenta mil dólares.

A obra começou a surgir com a viagem de Darwin ao redor do mundo a bordo do navio HMS Beagle, entre 1831 e 1836, onde ele acumulou grande material biológico, geológico e paleontológico, que foram estudados por ele e por especialistas colaboradores, por cerca de vinte anos, até que ele se sentisse seguro para escrever o livro. Ele só se convenceu que estava na hora de apresentar ao mundo seu trabalho ao receber um ensaio de Alfred Russel Wallace, um pesquisador britânico que vivia na Indonésia, que havia chegado às mesmas conclusões sobre a seleção natural.

“O homem, em sua arrogância, pensa de si mesmo como uma grande obra, merecedora da intervenção de uma divindade.”

Charles Darwin

OUÇA O POTCAST SOBRE A TEORIA DA EVOLUÇÃO DE DARWIN!

WILLIAM SHAKESPEARE: CINCO LIVROS PARA CONHECER O ESCRITOR.

Restam poucos dados sobre sua vida privada, mas sobram especulações sobre sua identidade e autoria de sua obra. Uma teoria diz que Francis Bacon seria autor de parte de sua obra, ou toda ela, ou que ele, na verdade, era a Rainha Isabel disfarçada, ou que William Shakespeare seria o pseudônimo do poeta e dramaturgo…

FRITJOF CAPRA – A TEIA DA VIDA (1996)

Nascido em Viena, no dia 1º de fevereiro de 1939, formado em Física Teórica em sua cidade natal, em 1966, atualmente Fritjof Capra dirige o “Center For Ecoliteracy”, do qual foi fundador, em Berkeley, na Califórnia, que apoia e promove a educação que visa uma vida mais sustentável. Sua fama mundial começou com a publicação…

ALDOUS HUXLEY: AS PORTAS DA PERCEPÇÃO (1954) E CÉU E INFERNO (1956)

Aldous Huxley nasceu em Godalming, na Inglaterra, no dia 26 de julho de 1894, era neto do famoso biólogo Thomas Henry Huxley, grande defensor da “Teoria da Evolução” de Darwin, e sobrinho do romancista Humphrey Huxley. Graduou-se em literatura inglesa em Oxford e tornou-se um escritor de fama mundial após a publicação “Admirável Mundo Novo”…


Anúncios
Anúncios

Assim, seus amigos e apoiadores, o geólogo Charles Lyell e o botânico Joseph Dalton Hooker, no dia 1° de setembro de 1858, apresentaram simultaneamente os trabalhos de Darwin e Wallace no auditório da Linneau Society, em Londres, como coautores da Teoria da Seleção Natural. Darwin não compareceu à apresentação porque seu filho havia acabado de falecer, vítima da escarlatina.

A teoria não recebeu muita atenção de imediato no meio científico e só começou a chamar atenção com a publicação do livro no ano seguinte. Na introdução da “Origem das Espécies”, Darwin fala de sua viagem ao redor do mundo, critica alguns trabalhos anteriores sobre evolução e menciona a contribuição de Alfred Russel Wallace, codescobridor do mecanismo da seleção natural. No primeiro capítulo ele fala da seleção artificial, no segundo dobre a variação nas espécies, no terceiro sobre a sobrevivência do mais apto e no quarto capítulo escreve sobre a seleção natural. Nesses quatro primeiros capítulos ele apresenta a Teoria da Seleção Natural.

Nos dez capítulos seguintes ele defende sua teoria, apresentando em cada um deles uma perspectiva que contribui para validar sua proposta. No quinto capítulo fala sobre as leis da variação e no sexto sobre os pontos que poderiam tornar falha a sua teoria. O sétimo capítulo é dedicado ao instinto, o oitavo ao hibridismo, no nono fala sobre os problemas dos registros fósseis e no décimo sobre a sucessão geológica dos seres vivos. Os capítulos onze e doze são dedicados à distribuição geográfica das espécies. O capítulo treze ele disserta sobre anatomia, embriologia e as estruturas vestigiais. O décimo-quarto capítulo é dedicado a recapitulação das ideias apresentadas nos capítulos anteriores e às suas conclusões.


Veja algumas imagens de Charles Darwin


Anúncios
Anúncios

“O homem ainda traz em sua estrutura física a marca indelével de sua origem primitiva.”

Charles Darwin

Ao propor que as espécies se originaram por processos inteiramente naturais, Darwin entrou em choque direto com as explicações religiosas sobre a criação divina da vida, desencadeando o primeiro debate científico de âmbito internacional na história. Apesar de fortemente criticada no início, a Teoria da Seleção Natural foi ganhando adeptos ano a ano nos meios científicos, foi evoluindo, num processo que continua até os dias de hoje, e, ao encontrar a genética no Século XX, tornou-se a teoria unificadora das ciências biológicas.


Conheça o POTCAST – O Podcast da MACONHARIA420

#21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças Potcast

Fala pessoal! Tá no ar o POTCAST 21! O papo da vez foi com o candidato à Deputado Federal pelo PSOL em Santa Catarina, VINI LANÇAS (@vi.boemia) A principal bandeira do Vini é a legalização da maconha dentro de um modelo de reparação social histórica para com as populações que foram, de forma pragmática, vítimas da violência gerada pelas políticas proibicionistas e da guerra às drogas. Foi uma conversa muito legal sobre suas ideias de legalização.  Para quem serve a legalização? É urgente que, em um modelo de legalização, as populações oprimidas tomem a frente em um mercado que tem potência para reparar os danos causados pela violência proibicionista. Foi isso e muito mais na conversa! Então, já sabe!  Aperta a charonga, pega a garrafa geladinha de água e ouve esse POTCAST!  Valeu pessoal! #eleições2022 #eleições #maconha #cannabis #legalização — Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podcast-potcast/support
  1. #21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças
  2. #20 | Legalização e as eleições com Sodré
  3. #19 | HC preventivo e legalização com o Doutor Murilo Nicolau

Se inscreva abaixo


MOTÖRHEAD: CINCO DISCOS PARA CONHECER O SOM DA BANDA

Fundado em 1975, em Londres, por Ian “Lemmy” Kilmister, o Motörhead tornou-se uma das mais importantes e influentes bandas de heavy metal, precursora do movimento que ficou conhecido como “New Wave of British Heavy Metal”, iniciado em 1980, quando já tinham três discos gravados, e inspiradora de subgêneros como o Speed Metal e o Trash Metal, fazendo de Lemmy uma das maiores lendas do rock pesado.


APROVEITE O CUPOM DE DESCONTO: MACONHARIA420

Baixista da banda Motorhead, Lemmy Kilmister toca seu instrumento com os cabelos ao vento

Nascido em Stoke-on-Trent, no dia 24 de dezembro de 1945, Lemmy Kilmister começou no rock no fim da década de 1960, atuando como roadie de Jimi Hendrix em Londres e, depois, tocando baixo na banda Hawkwind, entre 1971 e 1975. Ele resolveu formar sua própria banda quando foi expulso do Hawkwind, depois que foi preso com cocaína na fronteira entre Canadá e Estados Unidos. Na ocasião, Lemmy ficou preso cinco dias, atrapalhando a excursão da banda no Canadá. O nome Motörhead ele tirou de uma música que compôs para o último disco que gravou com o Hawkwind e o termo era usado nos Estados Unidos em referência aos viciados em anfetaminas.

A formação original do Motörhead contava com Larry Walace na guitarra e Lucas Fox na bateria, mas, ainda em 1975, ele dispensou os dois e recrutou Phil “Animal” Taylor para a bateria e “Fast” Eddie Clarke para ocupar o posto de guitarrista. Essa segunda formação é considerada a formação clássica da banda, responsável pela gravação dos cinco primeiros discos. Clarke deixou o grupo em 1982, sendo substituído por Brian “Robbo” Robertson, ex-Thin Lizzy. Em 1984, Lemmy apareceu com uma nova formação, com Pete Gill na bateria e dois guitarristas, Phil Campbell e Michael “Würzel” Burston. Phil Taylor reassumiu a bateria entre 1987 e 1992. Depois disso, a banda seguiu como um trio, com Campbell e o baterista Mikkey Dee, ex-King Diamond, até a morte de Lemmy, em 2015, quando o Motörhead chegou ao fim. A importância da banda fica clara com os discos apresentados abaixo:

A lei morre onde o Motörhead estiver.

Lemmy Kilmister

1 – Overkill (1979)

Segundo disco e primeiro grande sucesso do grupo. O disco levou a banda de Lemmy pela primeira vez à TV britânica, no programa “Top of the Pops”, da BBC, e alcançou o vigésimo-quarto lugar nas paradas britânicas. O álbum mostra uma nítida evolução com relação ao trabalho de estreia (Motörhead, 1977), com músicas mais curtas, que fizeram bastante sucesso entre os punks britânicos. Entre os clássicos presentes no disco, a faixa de abertura “Overkill”, com os dois bumbos de “Animal” Taylor, “Stay Clean”, “Capricorn”, “No Class” e “Metropolis”.

Escute o disco aqui


METALLICA: CINCO DISCOS INCRÍVEIS DA BANDA

Fundada em 1981, em Los Angeles, pelo guitarrista James Hatfield e o baterista Lars Ulrich, a primeira formação do Metallica contava com e o guitarrista Dave Mustaine e o baixista Ron  McGovney. McGovney foi dispensado pouco depois e Cliff Burton assumiu o baixo. Pouco antes da gravação do primeiro álbum, Mustaine foi dispensado, fundando logo…


Anúncios
Anúncios

2 – Bomber (1979)

Lançado poucos meses depois do anterior, o disco fez ainda mais sucesso (12º lugar na parada britânica). Musicalmente é um pouco inferior ao seu precedente, mas traz um Lemmy mais ácido nas composições. O disco foi produzido por Jimmy Miller, produtor dos discos dos Rolling Stones entre 1968 e 1973.  Destaques para “Dead Men, Tell No Tales”, que abre o disco, o blues “Step Down”, cantado por Eddie Clarke, “Stone Dead Forever” e a faixa título, um dos grandes clássicos do grupo.

Ouça o disco aqui


3 – Ace of Spades (1980)

O quarto álbum da banda é considerado o melhor do Motörhead e um dos melhores da história do metal. O disco alcançou o quarto lugar na parada britânica e tornou-se o preferido da maioria dos fãs. O produtor Vic “Chairman” Maile, que tinha trabalhado com Jimi Hendrix, Led Zeppelin e The Who, soube aproveitar o potencial da banda, que melhorou muito o seu som depois disso. Difícil destacar alguma música em particular, mas “The Chase is Better Than the Catch”, “(We Are) the Road Crew”, “Love Me Like a Reptile” e “Ace of Spades”, talvez o maior clássico do grupo, podem ser citadas sem erro.

Escute o disco aqui


Veja algumas fotos da banda


4 – Another Perfect Day (1983)

Único álbum da banda com o guitarrista Brian Robertson, que não se entrosou muito com os demais integrantes e foi muito criticado pelos fãs por suas roupas coloridas e brilhantes. Ele era tecnicamente muito diferente de Clarke e deu ótimas contribuições no disco. O álbum alcançou a vigésima posição na parada britânica e a posição de número 153 nos Estados Unidos. Criticado por muitos na época, o disco foi redescoberto nos anos seguintes, pois traz ótimas canções, como “Shine”, “Die You Bastard”, “Dancing on You Grave”, “Another Perfect Day” e “Rock It”.

Escute o disco aqui


Anúncios
Anúncios


5 – Orgasmatron (1986)

Primeiro álbum da banda com dois guitarristas, Phil Campbell e Michael Wurzel, e o único com o baterista Pete Gill, ex-Saxon. Assim como o anterior, o disco teve um sucesso comercial limitado. Os críticos especializados elogiaram as músicas, mas criticaram a produção, que tirou o peso da banda em alguns momentos. Apesar dos problemas de produção, o disco traz vários clássicos, como “Deaf Forever”, “Mean Machine”, “Buit For Speed”, “Doctor Rock” e “Orgasmatron”, que também se tornou clássica na regravação do Sepultura.

Escute o disco aqui


LED ZEPPELIN: CINCO DISCOS PARA CONHECER A BANDA

Fundada, em 1968, pelo vocalista Robert Plant, o guitarrista Jimmy Page, o baixista e tecladista John Paul Jones, e o baterista John Bonham, o Led Zeppelin é considerado um dos três grupos (com o Black Sabbath e o Deep Purple) responsável pelo surgimento e consolidação do gênero heavy metal, e, também, é considerada uma das…

CINCO ÁLBUNS ESPETACULARES DO RUSH

O ano de 2020 começou com a péssima notícia da morte do baterista Neil Peart, lenda das baquetas. Em sua homenagem resolvi fazer esta lista. Fundada em 1968, na cidade canadense de Toronto, o Rush tornou-se uma das bandas mais adoradas pelo público e uma das mais respeitadas pelos músicos em geral.

JORGE BEN: A TÁBUA DE ESMERALDA (1974)

Jorge Duílio Lima Meneses, conhecido como Jorge Ben e Jorge Ben Jor, é um violonista, pandeirista, guitarrista, percussionista, cantor e compositor brasileiro. Em 2008 a revista Rolling Stone Brasil o nomeou como o 5º maior artista da história da música brasileira.


Se inscreva abaixo


Conheça o POTCAST – O podcast da Maconharia420

#21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças Potcast

Fala pessoal! Tá no ar o POTCAST 21! O papo da vez foi com o candidato à Deputado Federal pelo PSOL em Santa Catarina, VINI LANÇAS (@vi.boemia) A principal bandeira do Vini é a legalização da maconha dentro de um modelo de reparação social histórica para com as populações que foram, de forma pragmática, vítimas da violência gerada pelas políticas proibicionistas e da guerra às drogas. Foi uma conversa muito legal sobre suas ideias de legalização.  Para quem serve a legalização? É urgente que, em um modelo de legalização, as populações oprimidas tomem a frente em um mercado que tem potência para reparar os danos causados pela violência proibicionista. Foi isso e muito mais na conversa! Então, já sabe!  Aperta a charonga, pega a garrafa geladinha de água e ouve esse POTCAST!  Valeu pessoal! #eleições2022 #eleições #maconha #cannabis #legalização — Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podcast-potcast/support
  1. #21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças
  2. #20 | Legalização e as eleições com Sodré
  3. #19 | HC preventivo e legalização com o Doutor Murilo Nicolau

FRITJOF CAPRA – A TEIA DA VIDA (1996)

Nascido em Viena, no dia 1º de fevereiro de 1939, formado em Física Teórica em sua cidade natal, em 1966, atualmente Fritjof Capra dirige o “Center For Ecoliteracy”, do qual foi fundador, em Berkeley, na Califórnia, que apoia e promove a educação que visa uma vida mais sustentável. Sua fama mundial começou com a publicação de seu livro “O Tao da Física” (The Tao of Physics), em 1975, onde compara a física moderna e as filosofias orientais. Lançado por uma pequena editora, sem nenhuma publicidade, o livro tornou-se um sucesso na propaganda boca a boca, até ser comprado por uma grande editora. Em seu segundo livro, “O Ponto de Mutação” (The Turning Point), de 1982, ele apresenta seu pensamento sistêmico, em oposição ao sistema cartesiano-reducionista, que defende ser impossível conhecer o todo através das partes, e demonstra sua aplicação em diversos campos do conhecimento humano, da medicina à economia, passando pela biologia e a psicologia.


UTILIZE O CUPOM PARA UM DESCONTO ESPECIAL: MACONHARIA420

A “Teia da Vida – Uma Nova Compreensão Científica dos Sistemas Vivos” foi seu quinto livro, lançado depois dos dois citados acima e mais “Sabedoria Incomum” (1988) e “Pertenço ao Universo” (1991). No livro, Capra demonstra que a vida no nosso planeta funciona como uma rede viva, onde os organismos vão se relacionando e se modificando através dessas relações. O livro é dividido em quatro partes, com número variado de capítulos, em um total de doze. É o tipo de obra que é apresentada na academia de forma extracurricular, por algum professor de ideias mais abertas.

Na primeira parte é composta apenas pelo primeiro capítulo, intitulado “Ecologia Profunda, Um Novo Paradigma”, ele aponta soluções para a crise de percepção pelo qual passa a ciência e a sociedade. Ele propõe uma mudança de prioridade, onde as questões não podem ser respondidas sem o conhecimento do todo, pois tudo está interligado e as partes são interdependentes, ao contrário do pensamento newtoniano-cartesiano. A partir daí, sua proposta é uma visão ecológica do mundo, baseando-se na ecologia profunda, proposta pelo filósofo e ecologista norueguês Arne Naess, onde cada organismo é apenas um fio da teia da vida, incluindo os humanos. Segundo Capra, essa mudança de paradigma exige não só uma mudança de percepção e pensamento, mas também de valores.


Assista a participação de Fritjof Capra no RODA VIVA


Leia outros posts da MACONHARIA420

ALDOUS HUXLEY: AS PORTAS DA PERCEPÇÃO (1954) E CÉU E INFERNO (1956)

Aldous Huxley nasceu em Godalming, na Inglaterra, no dia 26 de julho de 1894, era neto do famoso biólogo Thomas Henry Huxley, grande defensor da “Teoria da Evolução” de Darwin, e sobrinho do romancista Humphrey Huxley. Graduou-se em literatura inglesa em Oxford e tornou-se um escritor de fama mundial após a publicação “Admirável Mundo Novo”…

WILLIAM SHAKESPEARE: CINCO LIVROS PARA CONHECER O ESCRITOR.

Restam poucos dados sobre sua vida privada, mas sobram especulações sobre sua identidade e autoria de sua obra. Uma teoria diz que Francis Bacon seria autor de parte de sua obra, ou toda ela, ou que ele, na verdade, era a Rainha Isabel disfarçada, ou que William Shakespeare seria o pseudônimo do poeta e dramaturgo…


A segunda parte do livro é composta de três capítulos. O segundo capítulo, “Das Partes Para o Todo”, mostra como ocorreu essa mudança de paradigma mecanicista para o ecológico, através da biologia e a concepção dos organismos vivos como totalidades integradas, enriquecida pela psicologia da Gestalt e pela ciência da ecologia, que introduz o conceito dos sistemas vivos como redes, mostrando que na natureza não existe hierarquia. O terceiro capítulo, “Teoria Sistêmica”, ele apresenta a teoria do pensamento sistêmico, além de versar sobre as concepções do biólogo norueguês Ludwig von Bertalanffy sobre um sistema aberto e de sua teoria geral dos sistemas. O quarto capítulo, “A Lógica da Mente”, inclui a cibernética no pensamento sistêmico e sua tentativa de expressar os fenômenos mentais em linguagem matemática.

A terceira parte do livro começa no quinto capítulo, “Modelos de Auto-Organização”, que fala sobre a influência que o pensamento sistêmico teve sobre a engenharia e a administração, na solução de problemas práticos. O sexto capítulo, “A Matemática da Complexidade”, aborda os novos modelos e ferramentas matemáticas utilizados na complementação da eficiência dos sistemas auto organizadores, uma nova matemática focada nas relações e nos padrões.

Os físicos não necessitam de misticismo, e Místicos não necessitam de Física, mas a humanidade necessita de ambos.

Fritjof Capra – O Tao da Física

A quarta parte do livro começa no capítulo sete, “Uma Nova Síntese”, onde ele discute sobre a definição de vida, através da abordagem filosófica da ecologia profunda, incluindo uma linguagem matemática apropriada, com uma visão não-mecanicista e pós-cartesiana. No oitavo capítulo, “Estruturas Dissipativas”, ele retorna aos “sistemas abertos” de Bertalanffy e apresenta a “teoria das estruturas dissipativas” do químico russo Ilya Prigogine. No nono capítulo, “Autocriação”, Capra se aprofunda nas estruturas dissipativas de Prigogine e abre discussão sobre a “teoria da autopoiese” criada pelo neurobiólogo chileno Humberto Maturama e pelo biólogo e filósofo chileno Francisco Varela.


Anúncios
Anúncios

UTILIZE O CUPOM PARA UM DESCONTO ESPECIAL: MACONHARIA420

O décimo capítulo, “O Desdobramento da Vida”, aborda as teorias evolucionistas, como as de Lamarck e Darwin, através do pensamento sistêmico. No capítulo onze, “Criando o Mundo”, o assunto é a “teoria cognitiva”, originada na cibernética, aqui usada através de uma perspectiva interdisciplinar sistêmica. Por fim, o último capítulo, “Saber que Sabemos”, a abordagem sobre a “teoria da cognição” de uma forma mais ampla, em uma escala cósmica, e suas implicações na compreensão dos processos biológicos.

Algum conhecimento científico pode facilitar a compreensão de algumas partes do livro, mas o achei menos complicados do que os seus primeiros livros, onde a abordagem estava mais voltada para a física. Ele apresenta, da forma mais acessível possível, assuntos complexos de biologia, tornando quase impossível que o leitor não passe a ver o funcionamento do mundo de uma forma diferente, mais plausível em muitos sentidos.

O racional e o intuitivo são modos complementares de funcionamento da mente humana

Fritjof Capra

Se inscreva e receba as novidades por e-mail


Conheça o POTCAST – O Podcast da Maconharia420

#21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças Potcast

Fala pessoal! Tá no ar o POTCAST 21! O papo da vez foi com o candidato à Deputado Federal pelo PSOL em Santa Catarina, VINI LANÇAS (@vi.boemia) A principal bandeira do Vini é a legalização da maconha dentro de um modelo de reparação social histórica para com as populações que foram, de forma pragmática, vítimas da violência gerada pelas políticas proibicionistas e da guerra às drogas. Foi uma conversa muito legal sobre suas ideias de legalização.  Para quem serve a legalização? É urgente que, em um modelo de legalização, as populações oprimidas tomem a frente em um mercado que tem potência para reparar os danos causados pela violência proibicionista. Foi isso e muito mais na conversa! Então, já sabe!  Aperta a charonga, pega a garrafa geladinha de água e ouve esse POTCAST!  Valeu pessoal! #eleições2022 #eleições #maconha #cannabis #legalização — Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podcast-potcast/support
  1. #21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças
  2. #20 | Legalização e as eleições com Sodré
  3. #19 | HC preventivo e legalização com o Doutor Murilo Nicolau

METALLICA: CINCO DISCOS INCRÍVEIS DA BANDA

Fundada em 1981, em Los Angeles, pelo guitarrista James Hatfield e o baterista Lars Ulrich, a primeira formação do Metallica contava com e o guitarrista Dave Mustaine e o baixista Ron  McGovney. McGovney foi dispensado pouco depois e Cliff Burton assumiu o baixo. Pouco antes da gravação do primeiro álbum, Mustaine foi dispensado, fundando logo em seguida o Megadeth, e Kirk Hammett, ex-Exodus, assumiu a guitarra solo. Em 1986, Burton morreu em um acidente com o ônibus da banda, na Suécia, durante a turnê europeia e Jason Newsted, ex-Flotsam & Jetsam tornou-se o novo baixista. A última mudança na formação aconteceu em 2003, quando Robert Trujillo, ex- Suicidal Tendencies, Black Label Society e Ozzy Osbourne, entre outros, assumiu as quatro cordas. Os discos da lista estão em ordem de lançamento.


UTILIZE O CUPOM: MACONHARIA420 PARA DESCONTO!

1 – Kill’ Em All (1983)

Um dos primeiros discos do que seria batizado de Trash Metal, o disco deixa claro as influências da banda, Black Sabbath, Motorhead e os grupos da New Wave British Heavy Metal. Mais pesado do que o normal da época, o disco apresenta os primeiros clássicos da banda, como “Hit  the Lights”, “The Four Horsemen”, “Whiplash”, “Motorbreath”, “Seek & Destroy” ,entre outros. Fantástica estreia, ótimo do início ao fim.

Escute o disco aqui


2 – Ride the Lightning (1984)

O disco mostra muitas das características que definem o som do Metallica, com riffs e solos mais elaborados, sem perder o peso trash. Foi o primeiro disco que ouvi do Metallica, ainda na década de 1980. O nome do disco é uma gíria de presidiários, referente aos condenados à morte na cadeira elétrica. Uma coleção de clássico, como a pesadíssima “Fight Fire With Fire”, a “balada” “Fade to Black”, “For Whom the Bell Tolls”, a instrumental “The Call of Ktulu” e a faixa-título.

Escute o disco aqui


Veja algumas fotos da banda


LED ZEPPELIN: CINCO DISCOS PARA CONHECER A BANDA

Fundada, em 1968, pelo vocalista Robert Plant, o guitarrista Jimmy Page, o baixista e tecladista John Paul Jones, e o baterista John Bonham, o Led Zeppelin é considerado um dos três grupos (com o Black Sabbath e o Deep Purple) responsável pelo surgimento e consolidação do gênero heavy metal, e, também, é considerada uma das…

MOTÖRHEAD: CINCO DISCOS PARA CONHECER O SOM DA BANDA

Fundado em 1975, em Londres, por Ian “Lemmy” Kilmister, o Motörhead tornou-se uma das mais importantes e influentes bandas de heavy metal, precursora do movimento que ficou conhecido como “New Wave of British Heavy Metal”, iniciado em 1980, quando já tinham três discos gravados, e inspiradora de subgêneros como o Speed Metal e o Trash…


Anúncios
Anúncios

3 – Master of Puppets (1986)

A obra-prima da banda, sempre citado nas listas de melhores discos de metal de todos os tempos, sempre em primeiro ou segundo lugar, foi o primeiro álbum de trash metal a receber um disco de platina (hoje soma seis). A obra reúne a agressividade do primeiro disco da banda e a técnica do segundo, criando uma sequência perfeita de oito músicas. Foi o último trabalho de Cliff Burton. Difícil destacar alguma música, mas “Battery”, “Master of Puppets”, “Welcome Home (Sanitarium)”, “Disposable Heroes” e a instrumental “Orion” estão entre os grandes clássicos do gênero.

Escute o disco aqui


4 – …And Justice For All (1988)

Lançado como um LP duplo na época, foi o primeiro trabalho da banda a chegar entre os dez primeiros lugares da Billboard (6º lugar). O disco é inferior aos três primeiros, talvez por ser longo demais, torna-se irregular. Problemas na mixagem tornaram o baixo inaudível. Segundo consta, Hatfield e Ulrich exigiram que o som do instrumento do estreante Jason Newsted fosse diminuído ao máximo. Apesar dos problemas, alguns grandes clássicos fazem parte da obra, como “Blackened”, “…And Justice for All”, “Eye of the Beholder”, “Hervester of Sorrow” e “One”, a primeira música da banda a ganhar um vídeo.

Escute o disco aqui


5 – Metallica (1991)

Conhecido popularmente como Black Album, por causa da cor da capa, o disco desagradou os fãs antigos, por terem deixado o trash e optado por um metal mais tradicional, mas ampliou os horizontes da banda, conquistando um público muito maior, com 16 milhões de cópias vendidas só nos Estados Unido, 40 milhões no mundo todo. O disco valeu ao grupo um Grammy de melhor performance de heavy metal. “Enter Sandman”, “Sad But True”, “The Unforgiven”, “Nothing Else Matters” foram os destaques da obra, também famosa pela ótima qualidade de gravação.

Escute o disco aqui


Se inscreva na lista de e-mails


Conheça o POTCAST – O Podcast da Maconharia420

#21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças Potcast

Fala pessoal! Tá no ar o POTCAST 21! O papo da vez foi com o candidato à Deputado Federal pelo PSOL em Santa Catarina, VINI LANÇAS (@vi.boemia) A principal bandeira do Vini é a legalização da maconha dentro de um modelo de reparação social histórica para com as populações que foram, de forma pragmática, vítimas da violência gerada pelas políticas proibicionistas e da guerra às drogas. Foi uma conversa muito legal sobre suas ideias de legalização.  Para quem serve a legalização? É urgente que, em um modelo de legalização, as populações oprimidas tomem a frente em um mercado que tem potência para reparar os danos causados pela violência proibicionista. Foi isso e muito mais na conversa! Então, já sabe!  Aperta a charonga, pega a garrafa geladinha de água e ouve esse POTCAST!  Valeu pessoal! #eleições2022 #eleições #maconha #cannabis #legalização — Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podcast-potcast/support
  1. #21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças
  2. #20 | Legalização e as eleições com Sodré
  3. #19 | HC preventivo e legalização com o Doutor Murilo Nicolau

BELCHIOR: ALUCINAÇÃO (1976)

Antônio Carlos Belchior nasceu em Sobral, no Ceará, no dia 26 de outubro de 1946, e faleceu em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, em 2017. Ele estudou piano na infância e, em 1962, mudou-se para Fortaleza, onde estudou Filosofia e, depois, Medicina, curso que abandonou em 1971, para se dedicar à música. Ele fazia parte do grupo que ficou conhecido como o “Pessoal do Ceará”, que incluía Raimundo Fagner, Ednardo e Amelinha, entre outros. Desde 1967, Belchior já participava dos festivais de música no Nordeste e, em 1971, já morando no Rio de Janeiro, venceu o IV Festival Universitário da MPB, com a música “Na Hora do Almoço”, apresentada por Jorginho Telles e Jorge Neri. Em 1972, foi morar em São Paulo e sua carreira tomou novos rumos quando Elis Regina gravou “Macuripe”, composição sua e de Fagner, nesse mesmo ano, e, em 1975, “Como Nossos Pais” e “Velha Roupa Colorida”.


Veja algumas fotos


Belchior gravou seu primeiro disco, homônimo, em 1974, mas a consagração veio com o segundo disco, “Alucinação”, que trataremos aqui. O disco foi lançado pela gravadora Polygram, em julho de 1976, através do selo Phillips, com produção de Marco Mazzolli, e é considerado um dos mais revolucionários da MPB. Influenciado por Bob Dylan, pelo blues, pelo rock, pelo country, sem esquecer suas raízes nordestinas, o disco foi um grande sucesso de vendas, com 30 mil cópias vendidas em apenas um mês e alcançando um número total de 500 mil cópias vendidas. Não é para menos, pois parece uma coletânea com os grandes sucessos do artista.

“Se você vier me perguntar por onde andei no tempo em que você sonhava, de olhos abertos lhe direi, amigo, eu me desesperava”

Belchior

Escute o disco aqui



CHICO BUARQUE: DISCOS FUNDAMENTAIS – CONSTRUÇÃO (1972)

“Construção” foi seu sétimo disco, contando seus dois discos italianos. Lançado pelo selo Philips (desde 1999 faz parte do catálogo da Universal Music) e produzido por Roberto Menescal, o disco foi um grande sucesso e chegou a vender 10 mil cópias por dia, o que obrigou a Philips a contratar duas outras gravados para prensar…

NOVOS BAIANOS – ACABOU CHORARE [ 1972 ]

Segundo disco do grupo Novos Baianos, depois de “É Ferro na Boneca”, de 1970, “Acabou Chorare” tornou-se uma das mais influentes obras da música popular brasileira, ao misturar o rock com o samba antigo e o choro; Jimmy Hendrix com Assis Valente, Ary Barroso e Jackson do Pandeiro. A obra foi escolhida o melhor disco…

JORGE BEN: A TÁBUA DE ESMERALDA (1974)

Jorge Duílio Lima Meneses, conhecido como Jorge Ben e Jorge Ben Jor, é um violonista, pandeirista, guitarrista, percussionista, cantor e compositor brasileiro. Em 2008 a revista Rolling Stone Brasil o nomeou como o 5º maior artista da história da música brasileira.


Além de cantar, Belchior toca violão no disco e contou com a participação de Antenor Gandra (violão, guitarra elétrica, viola caipira), Rick Ferreira (viola caipira, pedal steel), Lu (viola caipira, harmônica), José Roberto Bertrami (piano, órgão, sintetizador), que ficou responsável pelos arranjos, Orlando Silveira (acordeom), Paulos César Barros (baixo), Ariovaldo Contesini (percussão) e Pedrinho Batera (bateria). Todas as composições são de Belchior. Um excelente time, que transita entre o rock, o country, o blue e a música popular com extrema facilidade.

O disco abre com o grande sucesso “Apenas Um Rapaz Latino Americano”, que fala muito sobre a situação do país na época em uma letra profunda que parece sem sentido. O disco segue com duas músicas que fizeram muito sucesso na voz de Elis Regina no ano anterior, “Velha Roupa Colorida”, em uma versão bem diferente do rock gravado por Elis, e “Como Nossos Pais”, que com Elis se tornou um dos grandes clássicos da MPB. Segue com “Sujeito de Sorte”, bem anos 1970, com sintetizadores e guitarras, e um excelente refrão, já “Como o Diabo Gosta” é mais acústica.

“No presente a mente, o corpo é diferente

E o passado é uma roupa que não nos serve mais”

Belchior

A música que nomeia o disco, “Alucinação”, segue um tema frequente na obra de Belchior, o do rapaz  do interior na cidade grande e a desilusão da sua geração com relação ao mundo. “Não Leve Flores” é um country, que une guitarra elétrica e acordeom. “A Palo Seco” é uma de suas canções mais belas e já tinha sido gravada em seu primeiro disco, em uma versão diferente. “Fotografia 3X4” é autobiográfica e mostra a melancolia suave que permeia todo o disco, com exceção da curta “Antes do Fim”, que fecha o disco com um certo otimismo. Um dos discos mais importantes da MPB, cujas músicas são regravadas até hoje, revolucionário na época e obra máxima de um artista único.


Anúncios
Anúncios

Conheça o POTCAST – O Podcast da Maconharia420

#21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças Potcast

Fala pessoal! Tá no ar o POTCAST 21! O papo da vez foi com o candidato à Deputado Federal pelo PSOL em Santa Catarina, VINI LANÇAS (@vi.boemia) A principal bandeira do Vini é a legalização da maconha dentro de um modelo de reparação social histórica para com as populações que foram, de forma pragmática, vítimas da violência gerada pelas políticas proibicionistas e da guerra às drogas. Foi uma conversa muito legal sobre suas ideias de legalização.  Para quem serve a legalização? É urgente que, em um modelo de legalização, as populações oprimidas tomem a frente em um mercado que tem potência para reparar os danos causados pela violência proibicionista. Foi isso e muito mais na conversa! Então, já sabe!  Aperta a charonga, pega a garrafa geladinha de água e ouve esse POTCAST!  Valeu pessoal! #eleições2022 #eleições #maconha #cannabis #legalização — Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podcast-potcast/support
  1. #21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças
  2. #20 | Legalização e as eleições com Sodré
  3. #19 | HC preventivo e legalização com o Doutor Murilo Nicolau

Se inscreva


EDDIE VAN HALEN: CINCO DISCOS PARA CONHECER SEU TALENTO NA GUITARRA

Fomos recentemente informados da morte do guitarrista Eddie Van Halen, um dos mais influentes de todos os tempos, que revolucionou a forma de tocar guitarra, acelerou os acordes do rock e até ajudou a aprimorar o instrumento. Edward Lodewijk Van Halen e seu irmão Alex nasceram na Holanda, filhos de um músico de jazz local e mãe indonésia, nascida em Java. A família mudou-se para a Califórnia em 1962 e, no fim dessa década, os dois irmãos já montavam suas primeiras bandas. No início, Eddie tocava piano e bateria, e seu irmão Alex tocava violão, mas quando fundaram a banda Van Halen, em 1972, já tinham trocado os instrumentos.


            O Van Halen só gravou o primeiro disco em 1978, com uma formação que contava, além dos irmãos Van Halen, com o baixista Michael Anthony e o vocalista David Lee Roth, que entraram no grupo em 1974. Essa formação, considerada a melhor da banda, manteve-se até a saída de Roth em 1985. Ele foi substituído por Sammy Hagar, entre 1985 e 1996, ex-Montrose, que saia de uma bem sucedida carreira solo.  Gary Cherome, ex-Extreme, assumiu o vocal da banda entre 1996 e 1998, e, depois de um hiato de quatro anos, Sammy Hagar voltou, entre 2003 e 2005.

            A partir de 2006, David Lee Roth voltou ao posto e, desde então, Wolfgang, filho de Eddie, substituiu Anthony como o baixista da banda. O grupo gravou doze discos de estúdio, o último em 2012 (“A Different Kind of Truth”), mais dois discos ao vivo e lançou duas coletâneas oficiais, que venderam cerca de 56 milhões de cópias só nos Estados Unidos, e 90 milhões em todo o mundo. Na sequência, cinco discos do Van Halen, que apresentam alguns dos melhores momentos da carreira do virtuoso guitarrista.


Veja algumas fotos


MOTÖRHEAD: CINCO DISCOS PARA CONHECER O SOM DA BANDA

Fundado em 1975, em Londres, por Ian “Lemmy” Kilmister, o Motörhead tornou-se uma das mais importantes e influentes bandas de heavy metal, precursora do movimento que ficou conhecido como “New Wave of British Heavy Metal”, iniciado em 1980, quando já tinham três discos gravados, e inspiradora de subgêneros como o Speed Metal e o Trash…

METALLICA: CINCO DISCOS INCRÍVEIS DA BANDA

Fundada em 1981, em Los Angeles, pelo guitarrista James Hatfield e o baterista Lars Ulrich, a primeira formação do Metallica contava com e o guitarrista Dave Mustaine e o baixista Ron  McGovney. McGovney foi dispensado pouco depois e Cliff Burton assumiu o baixo. Pouco antes da gravação do primeiro álbum, Mustaine foi dispensado, fundando logo…



1 – Van Halen (1978)

Primeiro disco e o melhor de toda a discografia do grupo, pois sempre aparece em primeiro lugar em todas as listas sobre os melhores trabalhos do Van Halen. O disco recebeu ótimas críticas e vendeu 10 milhões de cópias até hoje, tornando-se o álbum de estreia mais vendido nos Estados Unidos. A performance de Eddie chamou a atenção de guitarristas do mundo todo, que tentavam imitar suas inovações técnicas e os aprimoramentos de seus instrumentos. Os destaques do disco são a clássica “Runnin’ With the Denvil”, a instrumental “Erupition”, com um dos mais famosos solos de guitarra, feito no braço do instrumento com as duas mãos, a brilhante regravação de “You Realy Got Me”, do Kinks, “Ain’t Talkin’ Bout Love“, outro clássico, e “Atomic Punk”.

Ouça o disco aqui


2 – Van Halen II (1979)

Seguindo a fórmula do primeiro, o disco chegou à sexta posição da “Billboard 200” e vendeu cerca de 6 milhões de cópias até hoje. A guitarra amarela estampada na parte traseira do álbum foi colocada por Eddie na sepultura de Dimebang Darrell, porque era a preferida do músico do Pantera (apesar de não ter sido usada na gravação). Alguns dos maiores clássicos da banda aparecem nesse disco, como “Dance the Night Away”, “Somebody Get Me a Doctor” e “Beautiful Girls”, além da regravação de “You’re No Good”, de Clint Ballard Jr.

Ouça o disco aqui


GEORGE ORWELL: 1984 – LIVRO COMENTADO

O romance “1984” se passa na Pista de Pouso Número 1, uma província do Superestado da Oceania, que engloba as atuais Grã Bretanha, todo o continente americano, de norte a sul, a África subsaariana e a Antártida (os outros dois supercontinentes são a Eurásia e a Lestásia). Nesse mundo distópico, os supercontinentes estão em guerra…

LED ZEPPELIN: CINCO DISCOS PARA CONHECER A BANDA

Fundada, em 1968, pelo vocalista Robert Plant, o guitarrista Jimmy Page, o baixista e tecladista John Paul Jones, e o baterista John Bonham, o Led Zeppelin é considerado um dos três grupos (com o Black Sabbath e o Deep Purple) responsável pelo surgimento e consolidação do gênero heavy metal, e, também, é considerada uma das…


Anúncios
Anúncios

3 – Fair Warning (1981)

O quarto disco da banda recebeu ótimas críticas, mas vendeu bem menos do que os anteriores, cerca de 2 milhões de cópias. O álbum traz algumas das composições mais pesadas dos irmãos Van Halen e, pela primeira vez, Eddie usou sintetizadores, que seriam mais explorados nos trabalhos posteriores. Entre os destaques do disco: “Mean Stret”, “Unchained”, “Rush Comes To Shove” e “So This is Love?”.

Ouça o disco aqui


4 – 1984 (1984)

O sexto álbum do Van Halen foi um grande sucesso comercial, com 10 milhões de unidades vendidas só nos Estados Unidos. Apresenta um som um pouco mais comercial, comum no hard rock americano daquela época, com Eddie introduzindo definitivamente os sintetizadores no som da banda. O disco também marcou a ruptura entre David Lee Roth e Eddie Van Halen, por discordâncias artísticas, gerando a saída do vocalista, que só voltaria cerca de vinte anos depois. Algumas das mais famosas músicas do Van Halen aparecem aqui, ampliando o público da banda, como “Jump”, “Panama”, “Hot for Teacher” e “I’ll Wait”, todas com clips de sucesso na MTV.

Ouça o disco aqui


5 – 5150 (1986)

Sétimo álbum do grupo e o primeiro com o vocalista Sammy Hagar. O disco recebeu o nome do estúdio particular de Eddie Van Halen, que já tinha sido usado na gravação do disco anterior, e são referentes a uma lei da Califórnia que trata de distúrbio mental. A participação de Sammy Hagar nas composições do álbum é nítida, trazendo mais baladas e com Hagar tocando guitarra em algumas músicas. Nessa época, os fãs apelidaram a banda de “Van Hagan”. Foi o primeiro disco do Van Halen a alcançar o primeiro lugar na “Billboard 200” e, até hoje, vendeu cerca de 6 milhões de cópias só nos Estados Unidos. Entre os destaques podemos citar: “Why Can’t Be Love”, “Dreams”, “Best of Both Worlds”, “Love Walks In” e “Summer Lights”.


A ORIGEM DO ATEÍSMO – 3ª PARTE

A Igreja aumenta a repressão contra os infiéis Ao perceber o perigo que representavam as ideias libertinas, a Igreja Católica aumentou a lista de heresias, a partir dos anos 1570 e 1580. A “dúvida”, até então tolerada, foi considerada heresia. Ninguém mais podia duvidar das Escrituras Sagradas. A primeira vítima do novo decreto foi um…

STANLEY KUBRICK: CINCO FILMES PARA CONHECER O DIRETOR

O diretor norte-americano Stanley Kubrick nasceu na Ilha de Manhattan, em Nova Iorque, no dia 26 de julho de 1928, e faleceu em 1999, em Saint Albans, na Inglaterra. Dono de uma filmografia pequena, com apenas treze filmes, realizados entre 1953 e 1999, Kubrick tornou-se um dos diretores mais cultuados e influentes da sétima arte,…

ALFRED HITCHCOCK: CINCO FILMES PARA CONHECER O DIRETOR

Ele dirigiu cinquenta e três filmes, entre 1922 e 1976, e inovou o cinema em vários aspectos, como no posicionamento e movimento da câmera, na associação do som e imagem para criar suspense na cena, nas elaboradas edições e no fato de sempre aparecer rapidamente em seus filmes.

Conheça o POTCAST – O Podcast da Maconharia420

#21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças Potcast

Fala pessoal! Tá no ar o POTCAST 21! O papo da vez foi com o candidato à Deputado Federal pelo PSOL em Santa Catarina, VINI LANÇAS (@vi.boemia) A principal bandeira do Vini é a legalização da maconha dentro de um modelo de reparação social histórica para com as populações que foram, de forma pragmática, vítimas da violência gerada pelas políticas proibicionistas e da guerra às drogas. Foi uma conversa muito legal sobre suas ideias de legalização.  Para quem serve a legalização? É urgente que, em um modelo de legalização, as populações oprimidas tomem a frente em um mercado que tem potência para reparar os danos causados pela violência proibicionista. Foi isso e muito mais na conversa! Então, já sabe!  Aperta a charonga, pega a garrafa geladinha de água e ouve esse POTCAST!  Valeu pessoal! #eleições2022 #eleições #maconha #cannabis #legalização — Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podcast-potcast/support
  1. #21 | Maconha e eleições: No que a legalização pode beneficiar a sociedade com Vini Lanças
  2. #20 | Legalização e as eleições com Sodré
  3. #19 | HC preventivo e legalização com o Doutor Murilo Nicolau

Se inscreva abaixo